Terça-feira, 1 de Agosto de 2006
Entre 1963 e 1968 as relações entre Cuba e a URSS tiveram vários problemas devido às visões distintas da prática comunista e a sua «exportação» para outros países.
Em 1966, no seio do congresso do PCUS, a delegação cubana atreveu-se mesmo a criticar o governo soviético por não ter ajudado o movimento que se opôs aos EUA no Vietname.
O ponto mais complicado foi em 1968 quando foram condenados á prisão todos os elementos da «microfracción prosoviética» do PCC.
O governo de Moscovo ameaçou suspender o apoio em petróleo, vital para Cuba, e as dissidências internas ficaram atenuadas. Por outro lado, apesar de a ter considerado ilegal, de forma indirecta, Fidel apoiou a invasão soviética da Checoslováquia em 1968.
A posição de Fidel teve como contrapartida a melhoria das relações com a URSS e um forte apoio para reorganizar a economia cubana que estava em dificuldades devido ao fracasso resultante das medidas revolucionárias.
Cuba passou a inserir-se no mercado dos países de influência soviética. A URSS comprava o açúcar cubano a um preço quatro vezes superior ao do mercado internacional e vendia o petróleo a preços sensivelmente inferiores aos estabelecidos pela OPEP.
Era tal o apoio soviético à economia cubana que no final dos anos oitenta, Cuba obtinha 40% das suas divisas na reexportação do petróleo e derivados, que constituíam 70% das suas transações comerciais.