Terça-feira, 1 de Agosto de 2006
A pesar do bloqueio dos EUA e da acusação de ingerência externa, Cuba começou a melhorar as relações com os países da América.
O primeiro país a dar esse passo foi o Chile de Salvador Allende, em Novembro de 1970.
Depois de uma visita a Santiago, Fidel passou ainda pelo Peru e Equador. Esta foi a primeira digressão de Fidel pela América do Sul desde 1959. O México, Panamá, Trinidade e Tobago e Jamaica também tiveram uma aproximação diplomática com o regime cubano.
A própria OEA, em 1975, acabou por fazer o levantamento do boicote a Cuba.
Em 1977 com a chegada à presidência dos EUA de Jimmy Carter, menos obcecado com a contenção do comunismo do que os seus antecessores (e sucessores), foram apaziguadas as tensões entre os dois países e até se estabeleceram relações a nível consular - «secções de interesse» e eliminados alguns capítulos do bloqueio norte-americano.
A mudança da administração norte-americana, com a eleição de Ronald Reagan e o agravamento da situação na América Central, interromperam este breve período de melhoramento das relações entre Cuba e os EUA.
A tensão voltou de novo em 1983, em Granada quando um contingente militar dos EUA derrubou o regime pró-cubano de Maurice Bishop. Os militares norte-americanos detiveram cerca de 600 técnicos e militares cubanos e, de forma humilhante, foram repatriados para Cuba.
A presença cubana na Jamaica, o apoio aos sandinistas da Nicarágua e ao movimento Farabundo Martí em El Salvador criaram maiores dificuldades no diálogo com Washington.