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Terça-feira, 1 de Agosto de 2006

Liberdade amordaçada

O regime cubano controla quase toda a comunicação social.
Televisões, rádios e imprensa são propriedade do estado. Poucas são as excepções.
Acesso à Internet só com autorização do governo.
Há também órgãos de comunicação social que afirmam ser independentes, mas cujos objectivos são obscuros.
 
Parte significativa dos órgãos de comunicação social que não estão na dependência do governo são patrocinados pela comunidade cubana emigrada nos EUA.
Desde rádios, televisões, jornais e edições online, é enorme a variedade de publicações que tenta influenciar a opinião pública cubana. Alguns podem ser ouvidos em Cuba.
 
Nos últimos anos surgiu uma nova vaga de edições online que introduziram uma novidade importante: contam com a colaboração de jornalistas que vivem e trabalham em Cuba.
 
Os casos de maior notoriedade são o «cubanet» e «carta de cuba». O «cubanet» está localizado nos EUA e o site «carta de cuba» está alojado em Porto Rico.
 
Em ambos os casos há textos assinados pelos jornalistas e está montado um sistema que permite o contacto entre a Redacção e os jornalistas. O e-mail não é utilizado porque, segundo afirmam, é controlado pelas autoridades oficiais.
 
A primeira experiência do jornalismo «independente» em todo o regime de Fidel Castro foi a revista bimensal «Luz Cubana».
 
O primeiro número foi publicado em Dezembro de 2003. Foram publicados mais dois números, mas o último não chegou a ser distribuído devido à vaga de prisões em Março de 2003. A produção e distribuição da revista foi sempre num ambiente de clandestinidade e esteve envolvida numa série de peripécias quase absurdas. Algumas destas histórias estão contadas no site dos Repórteres Sem Fronteiras  onde é também possível fazer o «download» das três edições da «Luz Cubana.»
 
Uma das figuras destacadas da revista é Raúl Rivero (foi director da agência independente CubaPress e vice-presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa e em 2004 recebeu da Unesco o prémio mundial da liberdade de expressão) que, na sequência da vaga de prisões de Março de 2003, foi julgado e condenado a 20 anos de prisão. Em Dezembro de 2004, foi libertado com uma «licença extra-penal» por motivos de saúde. Segundo contou esteve onze meses «numa cela de castigo», muito pequena, onde não podia sequer abrir completamente os braços. «Foram momentos muito complexos e difíceis».
Além de Rivero foram libertados mais seis jornalistas.

Ricardo González Alfonso, editor da Luz Cubana também foi detido na vaga de 2003.. Outros colaboradores da revista foram também detidos e condenados. Jorge Olivera Castillo está a cumprir uma pena de 18 anos e Omar Rodríguez Saludes de 27 anos.
 
Das 76 pessoas detidas e condenadas, 26 são jornalistas que tentavam exprimir a sua opinião em alguns destes órgãos de comunicação. Nos cerca de 30 jornalistas que escrevem no «cubanet», 8 estão «encarcelados» e um está sujeito a prisão domiciliária.
 
Lista dos jornalistas presos
Segundo o governo cubano,  há apenas 4 jornalistas a cumprir pena porque só estes «realmente estudaram jornalismo e foram jornalistas alguma vez». Ainda nas palavras do ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, a prisão é porque «nós consideramos que aquele que recebe dinheiro de uma potência estrangeira, apóia o bloqueio, contribui para difundir informação tendenciosa que justifica o bloqueio; cometes atos a serviço de uma potência estrangeira, aquele que dá informação para que se aplique a Lei Helms-Burton, e, portanto, nossas leis devem servir para defender-nos dessas condutas.»
 
 
Esta vaga de prisões, designadamente dos jornalistas, provocou reacções internacionais desfavoráveis. Uma das organizações que se mobilizou em defesa dos jornalistas e da liberdade de imprensa em Cuba foi a RSF (Repórteres Sem Fronteiras).
 
 
Também em Portugal o Sindicato dos Jornalistas se pronunciou sobre este caso, condenando «as sanções por delito de opinião em Cuba e apela às autoridades e à União dos Jornalistas e Escritores daquele país para criarem condições democráticas para o exercício da profissão sem discriminações».
publicado por Equipa SAPO às 16:21
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10 comentários:
De M_tony a 28 de Fevereiro de 2011 às 12:48
Um mundo sem paises seria melhor.......para que serve ter uma casa, um carro, dinheiro, e mesmo estudos se nao se é livre?.......feliz aquele que é ignorante pois ele não sabe os males do mundo e não sofre.......tanto cuba como portugal como qualquer pais do mundo esta podre........cada um com o seu sisteme e cada um com o seu defeito..........voces conhecem alguem que foi expulso de cuba, onde nasceram, e são impedidos de la voltar?........eu sim, e não é facil...
De Ana a 14 de Julho de 2010 às 12:47
Curiosamente ataca-se Cuba, fala-se de ditadura, de pobreza e tantas outras coisas. O povo cubano tem um nível cultural altissimo (em Portugal, quantos analfabetos existem?) tem acesso à saude, ao ensino, gratuitamente, a actividade cultural é permanente e para todos. Sei que assim é, um amigo meu viveu lá e frequentou a escola superior de dança de Havana onde se formou.

Mas a Europa e Estados Unidos preocupam-se imenso com Cuba, mas não parecem muito preocupados com a China, a quem lambem as botas. Quantos presos politicos na China, desaparecidos, quantas torturas e condenados à morte?

O mundo ocidental é hipócrita e a Europa com os seus valores tecnocrátas e politicas de gravata, lá vai falando em principios humanos e morais que não pratica, mas gosta de enaltecer. E o fosso entre pobres e ricos lá se vai acentuando e os governantes esbanjam o dinheiro em proveito próprio . A politica a estes níveis é absolutamente amoral, repugnante e redutora da dignidade humana.

De vitor neves a 28 de Junho de 2013 às 16:09
Tem cultura...
mas falta a liberdade
e falta a democracia
e faltam as eleições
e falta justiça
e falta tanta coisa...
De José Páscoa a 6 de Setembro de 2006 às 23:01
Ouça Anti-comuna.Será que em Portugal todos são felizes.Fique sabendo, por ex., que neste momento h´q 2oo milhões de crianças a dormirem na rua.Nenhuma é cubana!
De BigBadWolf a 13 de Agosto de 2006 às 21:32
Mas o que é a liberdade deste país Portugal? Onde os corruptos e caloteiros vivem longas e abastadas existências enquanto os que trabalham, são honestos com os outros e com o estado continuam a ser prejudicados cada vez mais em prol de meia duzia de podre-ricos que nada fazem pelo país.
Sr. Fidel se tivesse 25 anos dizia-lhe era para vir para Portugal acabar com esta "democracia liberal" interesseira e economicista.
De Anti-Comuna a 5 de Setembro de 2006 às 12:59
Mais um frustado pela queda do muro de Berlim
De sergio santos a 7 de Agosto de 2006 às 12:05
Viva Fidel de Castro que não permitiu a instalação em Cuba de uma "democracia" da treta como em Portugal onde enriquecem meia dúzia de parasitas à custa de toda uma população e onde a corrupção se instalalou com toda a impunidade...
De Anti-Comuna a 5 de Setembro de 2006 às 13:02
Eu pago a passagem.
Vai viver para Cuba. É um paraiso, não hà diferenças de classes, todos vivem felizes.
Vai que vais gostar.
De Filipe a 7 de Setembro de 2006 às 20:26
......
De Anderson Garcev a 21 de Fevereiro de 2011 às 01:52
Olá Anti-comunista.

Adoraria que você pagasse minha passagem para que eu possa viver em Cuba e sair desta sociedade capitalista.

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