Terça-feira, 1 de Agosto de 2006
A partir de 1986 acenderam-se as luzes de alarme na economia cubana. O país era incapaz de amortizar a dívida externa, colheitas desastrosas, restrições nos combustíveis, alimentos e outros produtos de primeira necessidade fragilizaram o dia a dia dos cubanos.
A crise afectou algumas áreas que sofreram um maior desenvolvimento com a Revolução, como foram os casos do sistema educativo e sanitário. O que foi conseguido, as melhorias significativas que foram conquistadas,ameaçavam ruir e acordar a consequente vaga de contestação e distúrbios.
É neste contexto que em 1989 são celebrados os 30 anos da Revolução e que Castro projecta o slogan «socialismo o muerte».
Em 1991 o IV Congresso do PCC estudou a situação económica crítica e tomou várias decisões: foi ratificado o sistema de partido único, aceitou o ingresso no partido de crentes religiosos, alteração na Constituição para a eleição directa dos membros da Assembleia Nacional e definiu os próximo tempos como um «período especial en tiempos de paz».
Esta expressão aludia à emergência económica e estabelecia uma série de disposições para ser superada. Tanto a nível individual (fontes de energia e transportes alternativos, como as bicicletas e tracção animal), como do governo (introdução de reformas estruturais, plano alimentar para garantir a auto-suficiência e racionamento de todo o tipo de produtos).
Entre 1992 e 1995 foram desencadeadas iniciativas que passaram pela criação de «joint ventures»; privatização de algumas empresas e bancos; flexibilização do comércio externo e atracção do investimento estrangeiro.
O dólar passou a ser usado como moeda, acabando com um mercado negro que beneficiava apenas alguns. Além destas medidas, a partir de 1996 a face mais crítica da crise foi ultrapassada com boas colheitas da cana de açúcar, o desenvolvimento de uma indústria farmacêutica, exportações de níquel e o aumento da industria de turismo.
De
Vivian a 15 de Setembro de 2009 às 02:40
Acabei de chegar de Cuba. Certamente uma viagem fantástica.
De Anónimo a 27 de Janeiro de 2009 às 23:44
Realmente o embargo norte americano foi uma tragedia para cuba, porque não se voltaram para o mexico venezuela argentina , não o dolar é que é a moeda forte ,sendo assim era muito mais facil levantar a economia , como ainda hoje o dolar é a moeda corrente . Se cuba hoje é pobre se não fosse o dolar então não sei como aquele povo viveria .Todos elogiam o Fidel ,ele fez uma revolução mas descontrolou-se , o seu ideal era mesmo a ditadura, Depois os assassinatos ,violações desaparecimentos,privatizações,prisões e fome, por sorte o clima é quente, se fosse frio os habitantes morriam gelados.Não vale a pena muitos comenários, só quem conhece é que pode avaliar a miseria que lá se vive.Cuba não é so Varadero, Havana, os restaurantes taberna del medio, floridita e os caios á muito mais que isso, vão para o interior ver como se vive . já li varios comentários e muitos deles são reais outros só falam no el comandante viva a revolução no socialismo , isso não é a realidade ,esta realidade só vista, cuba livre gostava muito e são os meus votos
De Ricardo a 14 de Agosto de 2006 às 19:13
Que serve a família Castro sair de cena se as principais actividades - como por exemplo o turismo - estão na mão dos militares?
Vai ficar tudo na mesma por muito tempo...
O Futuro é dos chineses. Não há que temer os cubanos, que vivem como podem, apesar do miserável e injusto boicote Ianque! Os chineses hão-de evoluir economicamente cada vez mais rapidamente com a chamada globalização; as empresas deslocarão para lá grande parte da sua produção, e depois os próprios gabinetes de projecto e então essas empresas começarão a ser adquiridas a pouco e pouco por capital chinês, que depois tenderá e dominará cada vez mais as empresas europeias e mesmo as americana. Meio caminho estará então andado para a substituição de uma Super potência por outra... Porém, a china terá que ser paciente e essa característica têm-na os orientais.
Que o velho Fidel Castro morra em paz!
De direitismopolitico a 2 de Agosto de 2006 às 01:17
E eu tenho a certeza que Cuba, com Fidel a comandar, nunca irá para além do que já está.
Uma democracia naquela zona era o ideal, não existiriam uma Guantánamo, acho eu...
Espero que o gajo faleça, e que o irmão seja radicado ou morto, porque senão a política fidelesca nunca mais acaba e aquilo nunca mais anda, quem me diz que o povo cubano é feliz?
Eu conheço muitos, e só se queixam...
Abaixo o Fidel e o Raul...
De facto, no tempo de Fulgêncio Baptista, vivia-se melhore em Cuba, não era? É como nós.No tempo de salazar e Caetano Portugal era uma maravilha, não era? Ó homem debruce-se sobre a História.Leia.
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